Na hora de reduzir custos na sua empresa, todos os cêntimos contam. É nesta
altura que surge a oportunidade perfeita para reavaliar se todos os gastos do
seu negócio estão a ser geridos da forma mais eficaz. A verdade é que uma
gestão mais dispendiosa não é, de todo, sinónimo de maior sucesso e pode até
ditar a falência da empresa.
Serviços imprescindíveis para o funcionamento da sua empresa – consultoria, contabilidade, revisão oficial de contas, construção e manutenção de ‘sites’, gestão de redes sociais, ‘software’ de facturação e gestão empresarial, comunicação e marketing – implicam custos elevados que irão pesar no orçamento e até pôr em risco o seu equilíbrio financeiro. Para evitar este cenário, as empresas devem adoptar uma estratégia que promova a procura constante de pequenas poupanças. Com um bom plano de redução de custos, a poupança empresarial pode mesmo variar entre 25 e 35% dos custos gerais. Conheça as 10 dicas para racionalizar os custos de funcionamento no dia-a-dia da sua organização.
1. Aposte em estratégias alternativas de publicidade e marketing
Se o seu orçamento publicitário é modesto e não prevê investimentos em
grandes acções promocionais, uma das estratégias possíveis passa por marcar
presença em eventos de grande dimensão organizados por marcas parceiras. Da
mesma forma, aposte numa presença sólida da sua empresa nas redes sociais;
promova a publicidade boca-a-boca, transformando os clientes em embaixadores da
marca; fortaleça a sua marca a nível local, na comunidade em que a empresa está
envolvida; promova actividades externas, como passeios pedestres ou de bicicleta
onde a marca pode estar visível; e faça campanhas de marketing por e-mail.
2. Incentive os colaboradores a desenvolverem projectos internos
2. Incentive os colaboradores a desenvolverem projectos internos
Imagine que pretende desenvolver um projecto na sua empresa, mas é
demasiado dispendioso subcontratar serviços especializados para o desenvolver.
Em alternativa, poderá desafiar os seus colaboradores a apresentarem propostas
a nível interno para o desenvolvimento dessa tarefa específica. Mais do que uma
forma de cortar custos, esta promoção do intra-empreendedorismo ("empreendorismo
corporativo") tem como objectivo aumentar a motivação das pessoas e
favorecer o alcance de resultados positivos, concretos e mensuráveis na
produtividade e na inovação.
3. Utilize programas informáticos gratuitos
Para reduzir custos e evitar fazer um grande investimento em licenças de
utilização, os 'softwares open source' (de uso livre) que estão disponíveis de
forma gratuita na internet podem ser uma boa opção. Um dos mais conhecidos é o
Open Office, que inclui um editor de texto e também um editor de dados
numéricos, entre outras ferramentas ligadas à produtividade. Além disso existem
também antivírus, editores de imagem ou sistemas operativos, todos em regime de
‘freeware’ que pode utilizar na sua empresa para reduzir os custos com ‘software’
informático.
4. Reduza o consumo de energia e outros gastos gerais
Uma das facturas mais pesadas que as empresas enfrentam é precisamente o
gasto com electricidade. Para evitar desperdícios de energia, a Entidade
Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) sugere uma aposta em soluções
alternativas como o uso de lâmpadas fluorescentes em vez de incandescentes,
equipamentos com uma elevada eficiência energética, desligar os carregadores de
telemóveis, computadores portáteis e ‘tablets’, optar por estores que permitam
manter uma temperatura amena e evitar custos excessivos com ar condicionado ou
aquecedores. É possível também cortar nos elevados gastos com deslocações e
viagens de negócio com a promoção de reuniões em teleconferência, por exemplo.
5. Recrute as pessoas certas para os lugares certos
5. Recrute as pessoas certas para os lugares certos
A ideia é adoptar uma política de recrutamento exigente e rigorosa, e dessa
forma seleccionar, de facto, os colaboradores mais adequados às necessidades da
empresa. Embora exijam um maior investimento, os recursos humanos mais
qualificados e tecnicamente especializados permitem, a longo prazo, ganhos de
produtividade, eficiência e qualidade. Neste sentido, acabam por amortizar o
investimento e promover a racionalização financeira da empresa.
6. Opte por programas de facturação ‘low cost’
A somar à obrigação de emitir factura em todas as transmissões de bens ou
prestações de serviços, passou também a ser obrigatório investir num programa
de facturação devidamente certificado e aprovado pela Autoridade Tributária e
Aduaneira. Neste contexto, começaram a surgir alguns programas de facturação
com valores mais competitivos, que até vão além da simples emissão de facturas,
permitindo, por exemplo, a gestão de clientes e de ‘stocks’.
7. Simplifique os seus produtos e serviços
No início da sua actividade, muitas empresas começam por apostar em
produtos e serviços mais básicos, que exigem menores custos de produção e
manutenção, com preços mais competitivos e melhores resultados de vendas. Mas à
medida que o negócio evolui, a tendência é para desenvolver produtos e serviços
cada vez mais complexos e mais caros, que exigem recursos humanos e financeiros
muito maiores e mais penalizadores para as contas da empresa. Aposte por isso
na simplicidade, com produtos mais fáceis de produzir e de vender.
8. Entre em negociações com os seus fornecedores
Se quer melhorar as condições do negócio, comece por negociar o nível dos
prazos de pagamento junto dos seus fornecedores. Opte por contractos de
aquisição a longo prazo, que permitem beneficiar de melhores condições. Fixe
previamente os preços e os prazos de pagamento, salvaguarde as garantias de
reembolso no caso de falhas no fornecimento e obtenha descontos de quantidade.
Além disso, estabeleça trocas de serviços ou produtos e parcerias com outras
empresas.
9. Faça uma revisão ao seu plano de financiamento
Tente perceber se está a usufruir dos produtos e serviços bancários mais
adequados à sua empresa e com os preços mais competitivos. Verifique os
detalhes dos contratos de crédito, nomeadamente no que diz respeito a taxas e
comissões. Procure alternativas ao financiamento tradicional, como o capital de
risco, os ‘business angels’ ou mesmo o mercado de capitais. Privilegie o
‘leasing’ à compra de equipamento, como material de escritório, sistemas
informáticos, mobiliário, frota automóvel, entre outros.
10. Desenvolva um plano de prevenção e controlo de custos
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